segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

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As coisas não valem senão na interpretação delas


Obra do artista Lacobrigense, Zé Maria (ZEMA).


A experiência direta é o subterfúgio, ou o esconderijo, daqueles que são desprovidos de imaginação. Os homens de ação são os escravos dos homens de entendimento. As coisas não valem senão na interpretação delas. Uns, pois, criam coisas para que os outros, transmudando-as em significação, as tornem vidas. Narrar é criar, pois viver é apenas ser vivido.

Fernando Pessoa



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A Linha!

Projecto "Cascade" Ponta da Piedade -1.Fase - 38 hectares, uma milha de costa.
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A primeira ideia que nos surge ao pensar na linha é a de contorno, de limite, uma linha gerada pelo traçar do desenho — real ou imaginária, essa linha descreve formas e delimita-as, de alguma maneira, as individualiza. Geometricamente, a linha contínua ou não, mais do que uma sucessão de pontos, é a trajectória de um único ponto que se move, ou, para utilizar a linguagem típica dessa disciplina, é “o lugar geométrico das posições desse ponto”.

Contudo a leitura de uma imagem, no que esta encerra de observação, é ainda de facto diferente da escrita. Pelo contrário, as imagens convidam-nos, quase imediatamente, a entrarmos nelas. Absorvem-nos de forma voraz. Sobrepõem-se. Fazem desaparecer tudo o que não é imagem. A sua sobranceria e proliferação parece querer armadilha-nos os movimentos e os trajectos.

domingo, 17 de janeiro de 2010

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O Poeta





Como são admiráveis as pessoas que nós não conhecemos bem.

Essa frase do nosso dia a dia, que me habituei a ouvir. Qualquer pessoa é admirável quando não conhecemos bem, até conhece-la, acho que não é bem assim. Durante o tempo de escola, conheci um professor, que me habituou, com a imagem de alguém fechado, num mundo que parecia ser só e exclusivo dele, por direito próprio. Homem curioso, transportava no seu dia-a-dia, um mistério numa mala valiosa, (com alça à tira-colo em pele), presumo, cheia de ricos pensamentos, gasta pelo silêncio dos tempos, nunca consegui saber quem era.

Os defeitos que vemos em quem idealizamos por desconfianca, ou ignorância, não, são nada, quando percebemos que, nunca conseguimos conviver com eles, pelas circunstâncias dos tempos, a vontade e tudo aquilo que o tempo já levou. Culpa minha, culpa não se sabe muito bem de quem. Voltei a encontrá-lo por aí, na diva dos sonhos, na net! em lugares onde a poesia encanta, e os males espanta. Me fez pensar e procurar o valor daquilo, ou daqueles que um dia, estando perto, sempre parecerem estar tão longe.

Hoje a aproximação está ao nosso alcance, mesmo que distante, tudo que erradamente tinha idealizado se desfaz, justiça é feita na valorização de alguém, não só pelo que faz, mas por tudo aquilo que fez, e eu não sabia.
Hoje eu sei, anos passaram, revela-se a pessoa, que eu posso dizer:
Eu te conheço! Não, não te conheço! Ninguém te conheçe, não conhecemos ninguém, eu mesmo às vezes não me conheço, mas hoje, sei quem tu és.

José Vieira Calado, nasceu em Lagos, em 1938, mais de quarenta anos de vida dedicados à literatura, Vieira Calado é um dos melhores poetas do modernismo algarvio.

“Os Sinais da Terra”, o livro que viria a ser proibido pela censura, e que mudou a vida deste lacobrigense, e que me fez escrever este post.

” Estudou em Lagos, Portimão, Faro e Lisboa. Em 1961 Iniciou-se na Poesia, e publicou o seus primeiros poemas, com o livro “37 Poemas” e, no ano seguinte, “Os Sinais da Terra”, que viria a ser proibido pela censura. Esse episódio esteve na origem da sua partida primeiro para Londres e depois para Paris, onde frequentou a Universidade de Vincennes, onde obteve uma "Maîtrise" em Estudos Anglo-Portugueses. A seguir ao 25 de Abril, tendo completado o curso, voltou a Portugal, para o ensino oficial, exerceu a profissão de Professor de Inglês e Português e publicou o livro “Poema para Hoje”, encetando uma vasta colaboração em jornais, revistas, programas radiofónicos e palestras em Centros Culturais e Escolas, nos domínios da Poesia e da Astronomia.
Até hoje publicou catorze livros de poesia e um em prosa, Merdock, já em segunda edição. Em Faro ficou especialmente conhecido pelo seu livro sobre os episódios ocorridos nos anos 50, envolvendo o cão Merdock. Nas palavras do autor:
“Merdock era um cão singular e deu origem, em Faro, a uma extraordinária manifestação de solidariedade que culminou na sua libertação.”
Aqui encontra, José Vieira Calado: http://www.vieiracalado-poesia.blogspot.com/


PS: Isto é apenas uma abordagem difícil, a alguém, que se conhece ao longe na rua, talvez, não seja a pessoa certa para falar do Calado, afinal, eu sou um estranho um canalha, que não dá a cara, mas isso não impede, de deixar aqui meu ponto de vista. Mas atenção, nada disto tem a ver com públicidade ou poesia, mas sim com a pessoa, como muitas outras que são recordadas, apenas, pela força da tristeza da partida.

sábado, 16 de janeiro de 2010

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Sonhemos


Carnaval, a festa dos sonhos e fantasias, sonhos que vão com os foliões e fantasias enfeitando o desejo da alegria, para esconder as profundas tristezas. O carnaval afasta por momentos, o entristecer que a rotina do dia-a-dia nos coloca, infelizmente, é uma alegria momentânea e sem fundamentos para a vida. Tudo acaba, devolvendo a rotina da vida, a alegria afoga-se na chegada da realidade, o retorno do inferno "para alguns".
Não te embebedes na fantasia da rotina do dia-a-dia, sonha, sonha...

Ou será que a vida é um carnaval, que de vez em quando, faz com que algumas máscaras caem?

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

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Para falar ao vento bastam palavras...

Em 1907 uma imponente esquadra inglesa, composta por 53 grandes navios e com 7 almirantes, visitou Lagos. O Rei D. Carlos, na sua qualidade de almirante honorário da Marinha inglesa, fez questão de estar presente para cumprimentar o almirantado, a quem ofereceu um jantar.No meio deste cerimonial levantou-se uma questão complicada de resolver.Era preciso arranjar alguém no Algarve que soubesse falar inglês para fazer o discurso das boas vindas e servir de intérprete, tarefa extremamente difícil porque quase ninguém sabia falar inglês na região.Por fim lá se encontrou um velho mestre e oficial do exército, que ao saudar a marinha britânica, na Câmara de Lagos, com um longo e bem elaborado discurso, não obteve da parte dos ingleses qualquer reacção ou resposta. Consta que o velho oficial, com ar de lamentação, voltou-se para o Rei D.Carlos e disse : « Majestade! Não sei que incgleses são estes que não compreendem o inglês! ».

Foi um dia muito especial para os Lacobrigenses e para a cidade de Lagos, foi dia de festa, segundo relataram os jornais da época, o Rei ficou encantado com a beleza da Baía e o carinhoso acolhimento da população. (È que a terra em festa chamava a atenção de todos. Veja-se a primeira estampa a far-se-á ideia do aspecto da praia. Á falta de terra firme para um arco de triunfo, a população marítima empavezou todos os barcos de pesca, grandes e pequenos, e formou-os em duas alas à laia de arruamento. Fez-se assim uma alameda pitoresca, movediça, semelhando filas de árvores, de passeios atulhados de pescadores, mulheres, de crianças, lenços acenando, chapéus no ar, sorriso aberto à passagem dos seus hóspedes. Referiram jornais o que foi a recepção feita em Lagos aos reis de Portugal)

Outra história interessante, relacionada com a visita do Rei D.Carlos em 1907 a Lagos, foi a da bela jovem lacobrigense que morava na parte velha da cidade de Lagos, na rua da Coroa, confrontada com o rei, e este lhe pergunta o nome, responde: Benedita, Benedita! respondeu o Rei, num tom um pouco admirado, não, em tão bela dama, ficaria melhor o nome de "Benvinda". Seguindo o conselho do rei D.Carlos, os padrinhos desta jovem mulher, acharam conveniente mudar o nome. O nome foi mudado, nome esse, que os muitos dos netos e bisnetos se lembram, e a recordam nos dias de hoje, a avó Benvinda.

sábado, 2 de janeiro de 2010

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"facilitismo" ou "favoritismo"

Todas as construções, ampliações, demolições, alterações e reconstruções deverão ser licenciadas pela Câmara Municipal. O arquitecto será o responsável técnico pelo projecto junto desta entidade e saberá quais os requisitos a que a casa deverá obedecer para cumprir os regulamentos.
Após a autorização da construção, ampliações, demolições, alterações e reconstruções, a Câmara Municipal emite uma licença de construção, mediante o pagamento da respectiva taxa.
Deverá verificar se o empreiteiro possui um alvará com a classificação exigida pela Câmara para a emissão da licença. No final da obra deverá requerer à Câmara Municipal a emissão da licença de utilização, sem a qual não lhe será possível, no futuro, e eventualmente, vender a casa.
História vergonhosa para o Município de Lagos, este projeto foi aprovado por quem? Certo é que não foi aprovado e votado em sessão extraordinária, não terá havido "facilitismo" ou "favoritismo".
Este projecto ilustra bem o empenho de alguns técnicos e fiscais camarários incompetentes, responsáveis pela aprovação e acompanhamento na definição e prossecução de determinados projectos habitacionais.
Isto é vergonhoso e deve-se lembrar, para que não seja permitido nos dias de hoje a tamanhas aberrações .

Esta Casa Rústica, está à venda no SAPO.PT, CASA:
http://casa.sapo.pt/Imovel/Casa-Rustica-Lagos-a0a21e8c-e2da-4c05-a5cf-4527e437b8e6.html

domingo, 27 de dezembro de 2009

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O "PPI" da Costa D’Oiro

Lagos apresentou a sua candidatura às “7 Maravilhas Naturais de Portugal”, a Câmara Municipal de Lagos apresentou a sua candidatura apostando na beleza natural da Ponta da Piedade com sua Baía em pano de fundo, inserida na magia da Costa D’Oiro. Este evento destina-se a sensibilizar os portugueses para a necessidade de preservar o património natural do país. Este ano, foram eleitas as “7 Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo”, uma iniciativa que demonstrou o orgulho dos portugueses na sua história e no seu património além-fronteiras. Assim, em 2010 serão eleitas as “7 Maravilhas Naturais de Portugal”. Para informações mais detalhadas, os interessados poderão consultar o site http://www.7maravilhas.pt/.
Para sustentar esta iniciativa a Câmara Municipal de Lagos tem reservada uma pequena fatia do seu orçamento que aprovou, na sua última reunião de câmara de 2009, o orçamento e as grandes opções do plano para 2010, no valor global de 79,9 milhões de euros. Deste valor, 31 milhões de euros correspondem a despesas de capital, valor de investimento da autarquia para o próximo ano.
O Orçamento e as Grandes Opções do Plano para 2010 terão agora de ser aprovados na próxima reunião da Assembleia Municipal, em sessão ordinária, a decorrer dia 28 de Dezembro.

Nas Grandes Opções do Plano/Plano Plurianual de Investimentos (PPI), o maior montante destina-se à área da educação, com 10,7 milhões de euros. Seguem-se administração geral (2,8 milhões de euros, com destaque para a construção da nova esquadra da PSP de Lagos), diz-se por aí, que a nova esquadra da PSP será paga com dinheiros da 'Derrama máxima' imposto que Júlio Barroso criou com a ajuda das pequenas empresas registadas em Lagos, mas essas serão contas de outro rosário, disse há algum tempo o presidente do PSD Lagos, Nuno Marques.
E por fim resta o mais importante, e a necessitar de grandes investimentos o ordenamento do território (2,7 milhões) e a habitação (2,7 milhões), bastante pouco, dirão alguns, tendo em conta o montante destinado à esquadra da PSP de Lagos.

Nao faltem á próxima reunião da Assembleia Municipal, a decorrer dia 28 de Dezembro.
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sábado, 12 de dezembro de 2009

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Curiua-Catu - Pedro Teixeira



Curiua-Catu - Pedro Teixeira, a nossa homenagem a esse grande homem, a esse pequeno grande país que era Portugal durante a ocupação espanhola. A grande expedição de Pedro Teixeira me fez pensar, a respeito daquilo de que nunca ouvimos falar e desconhecemos completamente, a curiosidade que este homem me despertou, me fez ganhar novos conhecimentos ...


Saiba mais, leia o texto no Jornal Público, com o entendimento de alguns historiadores:


http://jornal.publico.clix.pt/noticia/10-12-2009/os-indios-chamavamlhe-o-homem-branco-bom-18383663.htm

sábado, 28 de novembro de 2009

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A caminho da Ponta da Piedade



A riqueza da paisagem impar da Ponta da Piedade será destruída, para sempre. A destruição paisagística, ecológica e patrimonial estende-se como uma nuvem negra ao longo da nossa zona costeira, para lá caminhamos, perante a impotência e a auto-estima vaidosa dos autarcas locais a favor da prepotência do poder político de Lisboa e os seus parceiros económicos.
Continuaremos submersos no nevoeiro da lamentação, enquanto a ganância imobiliária aliada aos órgãos municipais, continuar na ignorância presunçosa a decidir sem alguma visão futurista a construção do nosso espaço urbano, sem ter que dar explicação nem justificação ninguém.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

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terça-feira, 8 de setembro de 2009

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Belmiro de Azevedo

Com a crise financeira sem dar tréguas as injustiças e desigualdades, tomando conta do planeta, acredito que o melhor negócio hoje é fazer igual ao do russo Romam Abramovich, dono do Chelsea, ou comprar um pedaço da Lua antes que acabe. De acordo com o Space Settlement Institute, órgão responsável pela regulamentação de atividades na Lua, qualquer pessoa pode adquirir propriedades ou em outros planetas ou satélites, as vantagem, só o futuro dirá.
O que fazer quando se tem muito dinheiro? Bom nós portugueses não precisamos da Lua para nada, com o Sol aqui tão perto, assim pensou, e bem , um dos homens mais ricos de Portugal, senão o mais poderoso.
Algumas pessoas gostam de "esbanjar" suas posses, que tal comprar um ou dois hotéis, bom este senhor comprou alguns quatro numa só vez, estou a falar dum engenheiro químico, presidente dos conselhos de administração de várias empresas e associações Portuguesas, este senhor chama-se Belmiro de Azevedo. Este senhor investio em Lagos, cidade que adora e passa férias há já muitos anos. Comprou: as torres da Torralta na fotografia; o Hotel Golfinho na Praia D. Ana, o Hotel São Cristóvão à entrada de Lagos, o Hotel da Meia Praia e a Aqualuz, (antiga Aguazul). Depois destes anos todos de espectativas dos Lacobrigenses, o resultado deste investimento está à vista de todos, LIXO, o São Cristóvão, encerrou, o Golfinho, há vários anos que também está fechado, o Meia Praia, continua a procura de melhores dias, as Torres da Torralta, essas, um despropositado atentado ubanistico e ambiental, ao fim destes anos todos sem nada mudar, única solução demolição / Implosão e limpeza dos terrenos.
O Governo e as autoridades locais, não estão a respeitar o ambiente e a cumprir todas as regras comunitárias, uma liberdade sem regras e limites. Esta situação de abandono que estão votados alguns prédios, por proprietários identificados, não é saudável numa cidade onde a principal fonte de riqueza é o turismo.

domingo, 6 de setembro de 2009

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A erosão do Camilo

Para quando, a reconstrução ambiental junto à Praia do Camilo, para frear a erosão? Tantas casas de luxo em cima das falésias, frente para o mar com jardins lindíssimos, onde a erosão não chega, porque será?
Não podemos nem queremos ficar indiferentes, vivemos na era do domínio humano, a Terra já não é natural mas um fenómeno totalmente subjugado e alterado, a Natureza em parte, está nas nossas mãos, por isso temos que fazer algo.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

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Arame farpado



A vergonha de tudo isto desafia as palavras...
Atrás de uma cerca de arame farpado, perde-se na noite dos tempos um monumento, que iluminou nossa história. Farol este que continua, a merecer uma fotografia para marcar a história de todos aqueles milhares de turistas, que diariamente visitam este lugar, de beleza exótica.

sábado, 29 de agosto de 2009

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A chaminé da Cafi, a caminho do espaço, a cegonha que se cuide (mude)!!!!!

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Quando um País abdica assim nas mãos dum Governo toda a sua iniciativa, e cruza os braços, esperando que a civilização lhe caia feita das secretarias, como a luz lhe vem do Sol, esse País está mal: as almas perdem o vigor, os braços perdem o hábito do trabalho, a consciência perde a regra, o cérebro perde a acção. E como o Governo lá está para fazer tudo – o País estira-se ao sol e acomoda-se para dormir. Mas, quando acorda – é como nós acordámos – com uma sentinela estrangeira à porta do Arsenal!

(Eça de Queiroz, A catástrofe)

FANTASMAS : Gênios que morrem antes do tempo, e ficam perturbando mentes e corações.

CANALHAS : Nós outros, gênios ou imbecis, que permanecemos vivos.


sábado, 22 de agosto de 2009

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Antes e Depois!

Carregue na imagem para ampliar, e ver a máquina a trabalhar em cima da falésia
A partir de Lagos, fui descobrindo todo o barlavento algarvio, cuja luz é tão suave que parece suspensa, como se não fizesse parte do próprio ar. Descobri a solidão agreste de Sagres, onde se ia aos percebes ou apenas olhar o mar do Cabo de S. Vicente, na fortaleza, que era rude como o vento e o mar de Sagres, e hoje é uma casamata de betão que, ao que parece, se destina a homenagear a moderna arquitectura portuguesa. Descobri o charme antiquado da Praia da Rocha, onde se ia à noite ver as meninas de Portimão, ou o "souk" em cascata de Albufeira, onde se ia ver as inglesas e dançar no Sete e Meio. E descobri outras terras de pescadores e veraneantes, como Armação de Pêra ou Carvoeiro, praias de areia grossa e mar transparente como eu gosto, cigarras gritando de calor nas arribas, polvos tentando amedrontar-me quando os olhava debaixo de água.

Não vale a pena contar. Quem teve a sorte de viver, sabe do que falo; quem não viveu, não consegue sequer imaginar. Porque esse Sul que chegava a parecer irreal de tão belo, esse litoral alentejano e algarvio, não é hoje mais do que uma paisagem vergonhosamente prostituída. Sim, sim, eu sei: o desenvolvimento, o turismo, a balança comercial, os legítimos anseios das populações locais, essa extraordinária conquista de Abril que é o poder local. Eu sei, escusam de me dizer outra vez, porque eu já conheço de cor todas as razões e justificações. Não impede: prostituíram tudo, sacrificaram tudo ao dinheiro, à ganância e à construção civil. E não era preciso tanto nem tão horrível.


Miguel Sousa Tavares (Paraísos prostituídos)
Vale a pena pensar... "a tendência do pensamento dos politicos locais...".
Já devem conhecer a opinião do Miguel, mas, é sempre bom reler.
O resto pode ler aqui no EXPRESSO

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

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A diferença da realidade...

FANTASMAS : Gênios que morrem antes do tempo, e ficam perturbando mentes e corações.
CANALHAS : Nós outros, gênios ou imbecis, que permanecemos vivos.