quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

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Para falar ao vento bastam palavras...

Em 1907 uma imponente esquadra inglesa, composta por 53 grandes navios e com 7 almirantes, visitou Lagos. O Rei D. Carlos, na sua qualidade de almirante honorário da Marinha inglesa, fez questão de estar presente para cumprimentar o almirantado, a quem ofereceu um jantar.No meio deste cerimonial levantou-se uma questão complicada de resolver.Era preciso arranjar alguém no Algarve que soubesse falar inglês para fazer o discurso das boas vindas e servir de intérprete, tarefa extremamente difícil porque quase ninguém sabia falar inglês na região.Por fim lá se encontrou um velho mestre e oficial do exército, que ao saudar a marinha britânica, na Câmara de Lagos, com um longo e bem elaborado discurso, não obteve da parte dos ingleses qualquer reacção ou resposta. Consta que o velho oficial, com ar de lamentação, voltou-se para o Rei D.Carlos e disse : « Majestade! Não sei que incgleses são estes que não compreendem o inglês! ».

Foi um dia muito especial para os Lacobrigenses e para a cidade de Lagos, foi dia de festa, segundo relataram os jornais da época, o Rei ficou encantado com a beleza da Baía e o carinhoso acolhimento da população. (È que a terra em festa chamava a atenção de todos. Veja-se a primeira estampa a far-se-á ideia do aspecto da praia. Á falta de terra firme para um arco de triunfo, a população marítima empavezou todos os barcos de pesca, grandes e pequenos, e formou-os em duas alas à laia de arruamento. Fez-se assim uma alameda pitoresca, movediça, semelhando filas de árvores, de passeios atulhados de pescadores, mulheres, de crianças, lenços acenando, chapéus no ar, sorriso aberto à passagem dos seus hóspedes. Referiram jornais o que foi a recepção feita em Lagos aos reis de Portugal)

Outra história interessante, relacionada com a visita do Rei D.Carlos em 1907 a Lagos, foi a da bela jovem lacobrigense que morava na parte velha da cidade de Lagos, na rua da Coroa, confrontada com o rei, e este lhe pergunta o nome, responde: Benedita, Benedita! respondeu o Rei, num tom um pouco admirado, não, em tão bela dama, ficaria melhor o nome de "Benvinda". Seguindo o conselho do rei D.Carlos, os padrinhos desta jovem mulher, acharam conveniente mudar o nome. O nome foi mudado, nome esse, que os muitos dos netos e bisnetos se lembram, e a recordam nos dias de hoje, a avó Benvinda.

5 comentários:

Anónimo disse...

Boa, hehehehehe...

Anónimo disse...

Ainda hoje há por aí, gajos que gostam de impressionar o vizinho, mas o camone esse não percebe nada.

Anónimo disse...

Por será que o Castelo é tão hipocrita,mentiroso,falso,invejoso?
É "BURRO", crítica literária medíocre, gratuito agitador que, vez por outra, se mete no que não lhe compete, e tão-só com o intuito de tumultuar, açular, com os cães de sua nulidade intelectual, as discussões em pauta.

Anónimo disse...

Era melhor nos velhos tempos...

Vou de férias para o Algarve.
Amanhã partirei na alvorada em rum da terra estrangeira.
Lá irei eu ter que falar em inglês para pedir uma Botle of water, please....
Sim, leram bem eu vou po Algarve! A terra portuguesa onde se fala estrangeiro!
Os meus pequerruxos já devem ter percebido que a mim isto me provoca alguma urticária.
Acho ultrajante ter que falar outra lingua na minha terra!!!! É algo anti-natura!!
Mas enfim.... eu vou po algarve, o cantinho dos ingleses, durante três semanas.

Anónimo disse...

A 1º foto é da esquadra dos EUA O primeiro navio é o USS Conneticut , bastante parecido com o USS Maine, da guerra de Cuba.~
http://en.wikipedia.org/wiki/USS_Maine_(ACR-1)
Para uma foto da esquadra inglesa ver
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/b/b0/Grand_Fleet_sails.jpg