sábado, 29 de agosto de 2009

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A chaminé da Cafi, a caminho do espaço, a cegonha que se cuide (mude)!!!!!

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Quando um País abdica assim nas mãos dum Governo toda a sua iniciativa, e cruza os braços, esperando que a civilização lhe caia feita das secretarias, como a luz lhe vem do Sol, esse País está mal: as almas perdem o vigor, os braços perdem o hábito do trabalho, a consciência perde a regra, o cérebro perde a acção. E como o Governo lá está para fazer tudo – o País estira-se ao sol e acomoda-se para dormir. Mas, quando acorda – é como nós acordámos – com uma sentinela estrangeira à porta do Arsenal!

(Eça de Queiroz, A catástrofe)

FANTASMAS : Gênios que morrem antes do tempo, e ficam perturbando mentes e corações.

CANALHAS : Nós outros, gênios ou imbecis, que permanecemos vivos.


sábado, 22 de agosto de 2009

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Antes e Depois!

Carregue na imagem para ampliar, e ver a máquina a trabalhar em cima da falésia
A partir de Lagos, fui descobrindo todo o barlavento algarvio, cuja luz é tão suave que parece suspensa, como se não fizesse parte do próprio ar. Descobri a solidão agreste de Sagres, onde se ia aos percebes ou apenas olhar o mar do Cabo de S. Vicente, na fortaleza, que era rude como o vento e o mar de Sagres, e hoje é uma casamata de betão que, ao que parece, se destina a homenagear a moderna arquitectura portuguesa. Descobri o charme antiquado da Praia da Rocha, onde se ia à noite ver as meninas de Portimão, ou o "souk" em cascata de Albufeira, onde se ia ver as inglesas e dançar no Sete e Meio. E descobri outras terras de pescadores e veraneantes, como Armação de Pêra ou Carvoeiro, praias de areia grossa e mar transparente como eu gosto, cigarras gritando de calor nas arribas, polvos tentando amedrontar-me quando os olhava debaixo de água.

Não vale a pena contar. Quem teve a sorte de viver, sabe do que falo; quem não viveu, não consegue sequer imaginar. Porque esse Sul que chegava a parecer irreal de tão belo, esse litoral alentejano e algarvio, não é hoje mais do que uma paisagem vergonhosamente prostituída. Sim, sim, eu sei: o desenvolvimento, o turismo, a balança comercial, os legítimos anseios das populações locais, essa extraordinária conquista de Abril que é o poder local. Eu sei, escusam de me dizer outra vez, porque eu já conheço de cor todas as razões e justificações. Não impede: prostituíram tudo, sacrificaram tudo ao dinheiro, à ganância e à construção civil. E não era preciso tanto nem tão horrível.


Miguel Sousa Tavares (Paraísos prostituídos)
Vale a pena pensar... "a tendência do pensamento dos politicos locais...".
Já devem conhecer a opinião do Miguel, mas, é sempre bom reler.
O resto pode ler aqui no EXPRESSO

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

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A diferença da realidade...

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