segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

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A Linha!

Projecto "Cascade" Ponta da Piedade -1.Fase - 38 hectares, uma milha de costa.
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A primeira ideia que nos surge ao pensar na linha é a de contorno, de limite, uma linha gerada pelo traçar do desenho — real ou imaginária, essa linha descreve formas e delimita-as, de alguma maneira, as individualiza. Geometricamente, a linha contínua ou não, mais do que uma sucessão de pontos, é a trajectória de um único ponto que se move, ou, para utilizar a linguagem típica dessa disciplina, é “o lugar geométrico das posições desse ponto”.

Contudo a leitura de uma imagem, no que esta encerra de observação, é ainda de facto diferente da escrita. Pelo contrário, as imagens convidam-nos, quase imediatamente, a entrarmos nelas. Absorvem-nos de forma voraz. Sobrepõem-se. Fazem desaparecer tudo o que não é imagem. A sua sobranceria e proliferação parece querer armadilha-nos os movimentos e os trajectos.

10 comentários:

Anónimo disse...

Se estou a perceber bem, se quiser ir a pé da Ponta da Piedade, ao Porto de Mós, é impossivel, só no ”comboio” ou chamar um taxi, porque toda esta costa passa para o privado, será?

Anónimo disse...

Bandidos,mas que grandes gatunos, vão mas é roubar para a estrada, só falta correr com os portugueses daqui pra fora.

Anónimo disse...

Quem está disposto a perder esta paisagem natural, só porque este resort, tem qualidade? Quem vai beneficiar com isto, os lacobrigenses? A paisagem natural? Não, sómente alguns burgueses, que vêm cá uma vez por outra, nós perdemos, uma paisagem natural ùnica no Mundo, Lagos fica mais pobre, Portugal perde terreno a favor do estrangeiro. Obrigado Dr. Júlio Barroso, eu sei que o terreno não é seu, não pode fazer nada, mas então se a resposta é sempre a mesma, (não pode fazer nada), então que se vá embora, porque sendo assim não precisamos de um presidente, que só sabe aumentar impostos camararios, àqueles que têm mais dificuldades, os reformados por exemplo.

Zé Das Cabras disse...

Uma forma interessante de mostrar as coisas, os meus sinceros parabéns. De facto visto desta forma, isto é assustador, imaginem, quando toda aquela zona verde desaparecer!

Anónimo disse...

Lamentável!

jorge ferreira disse...

Vejam também o caso do caminho que ligava o Porto Mós ao Talefe. Todo cortado. Uma vergonha

Anónimo disse...

Lei 54/2005 de 15 de Novembro, que a Camara e as entidades publicas e privadas tanto querem esquecer.

Artigo 3.o
Domínio público marítimo
O domínio público marítimo compreende:
...
e) As margens das águas costeiras e das águas interiores
sujeitas à influência das marés.

Artigo 4.o
Titularidade do domínio público marítimo
O domínio público marítimo pertence ao Estado.

Artigo 11.o
Noção de margem; sua largura

1—Entende-se por margem uma faixa de terreno
contígua ou sobranceira à linha que limita o leito das
águas.
2—A margem das águas do mar, bem como a das
águas navegáveis ou flutuáveis que se encontram à data da entrada em vigor desta lei sujeitas à jurisdição das
autoridades marítimas e portuárias, tem a largura de 50 m.
3—A margem das restantes águas navegáveis ou flutuáveis
tem a largura de 30 m.
4—A margem das águas não navegáveis nem flutuáveis,
nomeadamente torrentes, barrancos e córregos
de caudal descontínuo, tem a largura de 10 m.
5—Quando tiver natureza de praia em extensão
superior à estabelecida nos números anteriores, a margem
estende-se até onde o terreno apresentar tal
natureza.
6—A largura da margem conta-se a partir da linha
limite do leito. Se, porém, esta linha atingir arribas alcantiladas,
a largura da margem é contada a partir da crista
do alcantil."

CONCLUINDO

Até prova em contrario ,a faixa de terreno junto à falesia, numa extenção de quase 50 metros , é de todos.

Há que ir ao POOC ver se a area de proteção não é ainda maior.

Existe um nitido abuso em Lagos, da apropriação do dominio publico maritimo , com um complacente fecjar de olhos da CML.

Já agora não esquecer que as ribeiras e rios tambem tem dominio publico.

Anónimo disse...

Este ultimo comentario, e bastante educativo, obrigado. Espero que estas leis sejam respeitadas, e acima de tudo que as pessoas estejam alerta para ilegalidades por parte dos intervenientes, mesmo assim naquela zona deveria ser proibido qualquer tipo de construcao, uma zona protegida era aconselhavel.

jorge ferreira disse...

Se não se colocar um travão a esta desenfreada especulação que destroi arribas e falésias, retira acessos e vistas, para que serve os poderes centrais falarem da ciclovia litoral de Vila Real a Sagres, se ela não terá por onde passar? Vamos pensar numa Acção Popular para obrigar a Câmara a reabrir esses caminhos do Porto Mós para o Talefe. Façamo-lo enquanto é tempo.

Belmiro de Azevedo disse...

DEIXEM construir, nessa cidade de mal-dizentes.Deêm trabalho para as pessoas! INVESTIMENTO!
O que se vai perder?? Mato??Moitas?? Restolho?? TENHAM JÚIZO!