Um grande entusiasta da culinária, tornou-se num "mestre" desta arte, representando, e servindo banquetes de gastronomia regional algarvia em diversos eventos, em Portugal e no estrangeiro. Um artista culinário, que em forma de brincadeira ou não, dizia-se: que, o Hermano, em certos banquetes, conseguia iludir os convidades e servir(brindar) estes, com pratos, onde a lagosta abundava, só que no fundo, (sem que ninguem se apercebe-se do truque), não era nem mais nem menos, que "arraia", um peixe com polpa branca, como a lagosta, mas, muito mais barato que o precioso marisco, genial!
Por tudo isto, recebeu a medalha de mérito "Grau Ouro" da parte da Câmara Municipal de Lagos.
Relacionado com tudo isto, li, há já algum tempo um artigo sobre esta zona ribeirinha, onde este hotel ainda se integra, assim como o arquitecto que projectou tudo isto, caso não tenha tido a opurtunidade de ler, fica aqui este link, onde se pode ler entre outros assuntos, o seguinte:
"A estalagem e uma bomba de gasolina que lhe era adjacente formavam o Posto Rodoviário de Lagos, que constituiu o trabalho de final de curso para defesa de tese e obtenção do diploma de arquitecto do seu autor, o arquitecto António Vicente de Castro, que obteve, na Escola de Belas Artes do Porto, em 1955, a média final de 19 valores."
Leia o resto aqui: Arquitectura Modernista no Algarve: a propósito dos «barracões» que envolvem a nova Câmara de Lagos
6 comentários:
Bem perto da nova Câmara existe um outro edifício deste grande Arquitecto Algarvio pertença do Centro Anino dos Santos (Patronato) degradado, mas em condições de ser recuperado e preservado para que as gerações futuras o possam desfrutar e apreciar. No entanto, está em preparação a sua venda aos especuladores do costume. Os responsáveis do Centro , os nossos responsáveis políticos e o senso comum bacoco, acham que se trata de um mamarracho, e que naquele lugar ficam bem um alfobre de prédios com cinco ou seis andares, quando, na verdade estamos perante um obra singular, de um época rica da arquitectura portuguesa, mencionada em diversas obras da especialidade, e marcante da nossa cidade, cuja perda será irremediável e de valor incomensurável .
Tenho feito algum trabalho no sentido de se evitar a sua destruição. Se estiver(em) interessado(s) contactem-me. Todos seremos poucos para o conseguir.
Telef:282 767 127
Fax 282 761 311
jorgeferreira595e@gmail.com
P.S.: Hermano Batista (o nome da minha rua) ainda tive o privilégio do seu convívio e prazer da sua mesa. Um homem simpático e, como se vê, com uma visão empresarial que hoje nos faz falta.
Lembro-me do Hermano Baptista, mas da sua interessante vida nem me passava pela cabeça, desde remador nos tempos livres, camionista, cosinheiro e empresario, grande homem.
A idea do Jorge Ferreira, é positiva, mas só na teoria, porque contra esta câmara, por muitos que sejamos com ideas, falta sempre qualquer coisa o dinheiro.
Caro Jorge Ferreira!
Muito interessante o seu comentário.
Gostei muito da sua iniciativa!
e do trabalho que tem vindo realizando, no sentido de se evitar a destruição dum passado ainda tão próximo, de nossa cidade.
É uma idéia interessante e muito bem-vinda.
Um abraço
O Senhor Hermano Baptista, um Homem notável de quem guardo uma memória muito viva, foi agraciado com uma Comenda cuo nome desconheço. Mas pelo facto deveria incluir-se "Comendador" na designação da rua que tem o seu nome.
Recordo ainda que o Senhor Hermano Baptista foi responsável pelos Serviços de Protocolo de Estado na Presidência da República ao tempo do Senhor General António Ramalho Eanes, facto que não encontro referido nenhures.
Um lutador, grande exemplo de vida, nunca o vi mal disposto, tinha um sentido de humor inesquecível, que ainda está presente pelo menos no seu neto José Hermano Baptista.
Um Abraço para todos.
As referencias e o passado de Lagos, foram soterrados pelo Be~tão, pelo mau gosto, pela cobiça e ganancia de alguns.
As referencias historicas da cidade, desaparecem todos os dias, em cada fachada que é ruída, em cada rua que é "modernizada" com obras de gosto duvidoso, com a destruição dos lugares de referencia, com as rutundas cheias de alegadas obras de arte compradas a amigos do regime, etc.
Porto de Mós e Meia Praia são a prova disso.
Em 10 anos , nem centro historico haverá.
Tudo isto perante uma passividade da população que só encontra paralelo no tempo de Filipe I.
Lagos está cheio de Migueis de Vasconcelos.
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